sábado, 19 de julho de 2014

Aula do dia 29/08/2007
3o ano - Manhã
Hoje, iniciamos a aula verificando os emails. A maioria faltou e fiquei somente com o Miguel e a Sofia. Eles entraram perguntando do Concurso do Site do Plenarinho. E expliquei que o prazo de enviar os desenhos já tinha expirado. Eles ficaram tristes. Disse que o site não tinha informado em tempo hábil o concurso e por isso perdemos a chance de enviar, pois na semana passada não havíamos encontramos um link que nos informasse os dados do concurso.  Então sugeri que enviassem um email para a central do site do Plenarinho para que pudessem manifestar sua insatisfação por esse fato. Eles aceitaram a proposta. Abriram o site do plenarinho e enviaram suas mensagens. Antes que eles enviassem os emails, pedi para fazer a leitura para que pudéssemos refletir sobre o que haviam escrito, ora em ortografia, ora em argumentos ou em termos de conteúdo do email. E foi nessa hora que o Miguel disse: "Tia, aqui é bem melhor escrever aqui no teclado do que no caderno e com o lápis." Eu confirmei porque também acho, em termos, é claro! No final de seus emails, eles tiveram a oportunidade de navegar no site do plenarinho.


domingo, 6 de julho de 2014

As aulas começaram desde o 06 de fevereiro (ano de 2006) e, durante esse tempo, foi possível reiniciar as aulas de letramento digital, que tem um efeito de incentivo à leitura e escrita. Esse tipo de letramento permite que as crianças formem hábitos importantes para quem aprende a ler e a escrever: a REVISÃO DA ESCRITA e DESENVOLVE O LETRAMENTO DIGITAL. Nesse período, ainda era possível solicitar a revisão da escrita através do endereço eletrônico (URLs), pois as crianças digitavam os sites solicitados e quando não acessavam (não conseguiam escrever), faziam a leitura do que tinham escrito e reescreviam com a ajuda da professora para brincar nos sites infantis.
Desde de fevereiro, iniciamos somente com três turmas para o letramento digital: alfabetização, 2a. série e 3a. série. Para os alunos da 2a. e 3a. série, as atividades de letramento digital eram sobre as funções dos ícones da caixa de e-mail do hotmail. As crianças da 2a. série começaram a aprender como descartar um e-mail e como esvaziar a lixeira. A 3a. série já tinha aprendido essas funções. Elas estavam aprendendo como marcar um e-mail não lido, criar uma nova pasta, mudar a forma de aparecimento dos e-mails de acordo com a data e outras funções a mais.
A turma da alfabetização me fez perceber que é quase impossível entrar na Internet fazer acessos a sites ou portais pelos endereços eletrônicos sem ter o domínio da escrita (MARCUSCHI, 2004). Dessa forma, reafirmo o que antes disse em relação ao que afirmava Marcuschi, a escrita é fundamental no ambiente virtual. Isso me fez iniciar com as crianças através dos símbolos. Eles fazem acessos pelos ícones que aparecem e são assim iniciados nos ambientes virtuais. À medida que aprendem as letrinhas, começam a identifica-las nos meios em que navegam.
Mas hoje, dia 29 de março de 2006, de forma especial, fiz uma nova descoberta: criei hoje para a turma da 3a. série o DITADO DIGITAL. Esse ditado é feito como o comum de sala de aula, mas com o diferencial de ser escrito no computador diretamente no endereço eletrônico. As crianças abrem quatro abas do Internet Explorer e digitam o site que a professora solicita, apertam a tecla enter e logo em seguida devem passar para a aba seguinte. Assim eles só fazem a revisão do que escreveram quando chegam a última aba. No final, a professora faz a correção com eles da escrita dos quatro endereços ditados. Assim, eles tanto revisam o som das letras como também o que escreveram. Depois da revisão e reescrita, eles podem navegar nos sites ditados com o acompanhamento e orientação da professora. Essa atividade de hoje, modificou a rotina da 3a série.

Os alunos da 2a. série ainda estão na fase de firmar a escrita, então eles passam ainda uma aula com o endereço do hotmail e verificam seus e-mails. Ainda devem enviar cartões para os amigos e depois podem navegar no site da Turma da Mônica ou o site da Turma do Plenarinho. Hoje, eles ficaram navegando e escutando as historinhas do site da turma do plenarinho. No final da aula, aprendemos e cantamos a música da turma do plenarinho. As crianças adoraram e até dançaram bastante, cantando abraçados a música da turminha.

domingo, 29 de junho de 2014

No dia 30 de agosto de 2006, ouvi um aluno meu dizer: "Eu não sei ler!".  Ele disse isso porque ficou sem saber o que fazer no site que estava navegando. Estava colocando somente um aluno por computador. Em vista disso, mudei a estratégia e coloquei dois alunos por computador para que eles trocassem ideias e “navegassem juntos”, um ajudando o outro.
O mês de agosto é o período de retorno das férias. Pensei que todos lembravam de tudo que havia ensinado no primeiro semestre, mas percebi que eles não lembravam até do ícone do Internet Explorer. Foi necessário relembrar dos ícones de navegação e relembrar até mesmo o endereço do site da Turma da Mônica. Essa era a aula da turma da alfabetização.

Na turma da 3a série, somente um aluno estava presente. Acredito que as férias desses ainda não tinha acabado. Penso eu. Com a turma da 3ª série, já estava trabalhando com as crianças o endereço de email, ou seja, ensinava como acessar os email, a reconhecer se alguma mensagem havia chegado, se era spam, as pastas de e-mails e vários outros detalhes. Ela abriu o email dela e reclamou que toda vida encontrava um email  com uma mensagem, dizendo que alguém mandava email pra ela e ela não sabia de quem era. Foi nesse momento que expliquei que se tratava de um spam. E expliquei como ela deveria agir nessas situações. Com as minhas orientações, ela não abriu o email e o deletou logo em seguida.

domingo, 22 de junho de 2014

Bom dia, amigos!
Quase perdia a publicação desse sábado. Uma febre de tomou o dia todo e somente agora, ainda me recuperando, pude aparecer por aqui para cumprir a publicação semanal. Resolvi, então, recorrer a meu diário eletrônico. Nele, encontrei o trabalho de práticas de escrita com o endereço eletrônico. Esse trabalho tem uma publicação no livro: “Letramentos na Web”, livro lançado pela UFC.
As atividades do letramento digital acontecem com a seguinte dinâmica: a professora solicita que as crianças digitem os sites apresentados naquele dia. Para que esse momento seja interessante, toda semana, pesquiso sites e escolho aqueles que tem atividades atrativas para os pequenos e sites confiáveis.
A falta de acesso de algumas crianças, a leva a tentar descobrir o que aconteceu, fazendo que elas pensem e reflitam em sua escrita. Acompanhe meu diário eletrônico.
Os sites trabalhados foram os abaixo relacionados acompanhados dos comentários feitos no dia dessa aula:
http://www.exercito.gov.br/Recrutinha/
http://www.leaozinho.receita.fazenda.gov.br/
http://www.rio.rj.gov.br/planetario/infantil/index_infantil.htm
http://www.mundodacrianca.com/
Como já trabalhamos há um tempo com o endereço eletrônico (urls), é normal que as crianças dominem as características específicas desse gênero, como por exemplo, elas dominam o aspecto de o endereço eletrônico não poder receber sinais gráficos de acentuação ou a cedilha que colocamos na letra “c” como é o caso do site: www.mundodacrianca.com, www.exercito.gov.br/Recrutinha e www.leaozinho.receita.fazenda.gov.br. As crianças sabem que na escrita formal manuscrita precisariam de acento gráfico, sinal gráfico de nasalização ou a cedilha da letra “c” e aceitam facilmente essa diferença entre a escrita manuscrita no papel e a escrita no endereço eletrônico. Esses anos de trabalho têm nos confirmado isso.
Percebemos também que, quando as crianças escrevem no computador, elas não demonstram tensão demonstrada ao escrever no papel. Percebem que consegue corrigir seus erros mais rapidamente até.
Após a aula de hoje, foi possível perceber que as sílabas CVC (consoante+vogal+consoante) já não são mais dificuldades para elas. As palavras MUNDO e CRIANCA do site www.mundodacrianca.com deu-nos a oportunidade de colher essa informação. A incidência dos pequenos “erros” de sílabas CVC tem diminuído à medida que trabalhamos com os sites infantis.
O site em que todos tiveram dificuldades foi o www.exercito.gov.br/Recrutinha. A letra X era o maior grau de dificuldade das crianças. Esse site já tinha sido trabalhado em sala algumas vezes, mas ao retornarem a ele, não conseguiram acessar. Todas não conseguiram. E ao serem questionadas, olharam para mim e perguntaram: "É com X?" Pedi que testassem e assim poderíamos ver. A digitação desse site trazia somente esse nível de dificuldade, a letra X. A palavra RECRUTINHA com sílabas de CCV e com dígrafos não era mais dificuldade para elas nesse estágio de trabalho. Os termos GOV e BR também já eram de domínio delas. Como todas não acessaram o site, nesse dia, foi possível trabalhar com a turma pelo quadro branco. Através de perguntas, as crianças perceberam que não tinha conseguido acessar devido a letra X da sílaba XER.

Tem sido muito interessante esse trabalho. Hoje apresentei sites novos. Preciso encontrar mais sites. Navegar é preciso!

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Em agosto de 2011, iniciei esse blog com o propósito de escrever as experiências realizadas com meus alunos no Colégio Maria Santíssima desde o ano 2004 com o Letramento Digital. Por motivos a parte, acabei por deixá-lo de lado, embora até os dias de hoje ainda trabalhe com o Letramento Digital com crianças. São 10 anos de trabalho e de experiências na área. E pretendo voltar a publicar. Agora, pretendo definir como será essa publicação. As atualizações serão feitas somente aos sábados e a partir do domingo de manhã será possível ver uma nova publicação.
Relembrando das tecnologias do início
Quando comecei, utilizava o internet explorer e as crianças precisavam procurar a letrinha
.
 Elas procuravam esse ícone e acessavam os sites infantis conforme a metodologia que apresentei no dia 24 de setembro de 2011. Você pode conferir lá e ver como ainda faço nas salas de aula (com algumas pequenas modificações). Hoje, com várias mudanças e inovações da tecnologia, a metodologia mudou também. Atualmente, oriento para procurarem a bolinha vermelha, azul, amarela e verde, ou seja, o Google Chrome.

Tentei utilizar o Fire Fox,
essa raposinha, mas alguns sites infantis não funcionam perfeitamente nele. Então, hoje ficamos com o Chrome mesmo. Ele é mais rápido e todos os sites podem ser acessados com rapidez. 
Não poderia deixar de dizer que o Google Chrome modificou minha metodologia em sala de aula. Atualmente, não é mais possível pedir que as crianças corrijam seus erros pela falta de acesso (para entender esse trabalho, sugiro a leitura de algumas das postagens e você irá entender esse trabalho) porque os sistemas inteligentes do Chrome abrem janelas com sugestão de sites, na tentativa de deduzir o que as crianças estão querendo escrever. Então, à medida que apresento as crianças um site infantil para que o acessem, enquanto elas escrevem, por exemplo, www.plenarinho.gov.br, essa janelinha com algumas sugestões abre e o nome do site já aparece no meio. Nessa hora, solicito, então, que as crianças façam a leitura das sugestões que estão aparecendo e qual se parece com a que foi dita.
Muitas outras coisas ainda temos a apresentar, mas no encontraremos no próximo sábado. Até lá!
Deus nos abençoe!

sábado, 29 de outubro de 2011

24 de outubro de 2007

Essa aula foi realizada para os alunos do 4o e 5o anos. Estava explorando com os alunos diversos aspectos do email. Nessa época, eles ficaram mais interessados em enviar e-mails. Eles já enviavam e-mails para os pais e parentes. Exploramos todas as pastas do e-mail: caixa de entrada, e-mails enviados, rascunhos, lixeira e spam.


Nesse período também, eles aprenderam que todos os e-mails chegavam na caixa de entrada e que deveriam ler somente os e-mails das pessoas que conheciam, descartando, assim, e-mails indesejáveis. Exploramos também cada link que aparece ao escrever um email, observe figura abaixo:



Seguindo essa linha de links, chegamos ao “inserir anexos”. Solicitei, então, que cada aluno trouxesse uma foto em uma aula anterior. No dia em que trouxeram as fotos, iniciei com as crianças o sentido da palavra anexar. Comparei esse sentido a um clip e demonstrei isso no real anexando as fotos deles com clips em livros ou agendas. Depois demonstrei como se anexa uma folha a outra com o grampeador. Por fim, apresentei novamente um envelope e demonstrei como o significado de anexar modifica um pouco, pois, nesse caso, o anexar significa colocar dentro do envelope. Eles compreenderam. Foi o momento de transferir esse significado para o anexar imagens no e-mail. Eles perceberam que também era possível "colocar uma foto dentro do e-mail em anexo" para mandá-la a um amigo ou a alguma pessoa da família. Logo em seguida, apresentei uma nova máquina aos alunos: o scaner. Falei que para que uma máquina funcionasse no computador, era necessário criar um programa para colocá-la em funcionamento. Pôxa, nessa hora, foi difícil explicar o sentido de programa. Passei por cima disso e fui direto para a demonstração de scanear as fotos. Foi um sucesso. Eles iam rindo quando colocava a foto no scaner e quando elas apareciam na tela do computador. Depois transferi as fotos para cada computador pela rede e fui ensinar uma nova etapa de letramento digital: anexar. Eles foram seguindo os passos e tinham uma motivação nova para escrever: falar da foto que estavam enviando para seus pais.

domingo, 2 de outubro de 2011



Dia 13 de Junho de 2005

A aula da 1a série (atualmente, 2º ano do Ensino Fundamental) terminou nesse instante. Hoje foi um dia diferente! Completamente diferente dos outros dias. Veja!
Em primeiro lugar estava me recuperando, não estava muito bem de saúde e já estava fazendo duas semanas que não podia ir trabalhar. Combinei com a Diretora que ia dar a aula pela internet e só precisava de um monitor na sala. Ficou tudo acertado. Era a primeira vez que experimentava algo parecido. Não somente para as crianças iria ser uma nova, mas para mim também seria uma experiência completamente nova. Foi necessário falar por telefone com o monitor que iria ficar na sala anteriormente, já que eu não estaria na escola e, sim, em casa. Expliquei todos os detalhes para ele.
Primeiro, iríamos conversar pelo chat da Turma da Mônica e depois iríamos simular uma aula em conferência: o monitor iria ligar seu msn na escola e eu ligaria o meu em casa e ficaríamos conversando pelo msn com câmera. Tudo ficou acertado e pedi que ele organizasse os computadores para a chegada dos alunos.
Ao entrar no chat da Turma da Mônica, tivemos uma surpresa! Ele estava desativado temporariamente e fiquei imaginando como poderia rapidamente resolver tal imprevisto. Lembrei do chat infantil do Portal da Canção Nova. Liguei para o monitor e comuniquei a mudança. Logo, eles foram entrando, um por um. Dei bom dia e esperei respostas. Alguns foram escrevendo "Oi". E assim, pude vê-los tentar, adaptarem-se ao meio que exige concentração e rapidez. Alguns conseguem acompanhar, outros se intimidam ou até mesmo nada conseguem escrever.
Recebi respostas e pude fazer um breve bate-papo e vê-los tentar se comunicar através da escrita. Uma aluna, que ainda está em processo inicial de escrita, escrevia algumas coisas sem sentido e eu perguntava o que ela queria dizer e, logo em seguida, ela tentava reescrever com a ajuda do monitor. Infelizmente, a sala foi sendo visitada por outras pessoas que não sei se eram crianças ou adultos e preferi encerrar aquela seção.
Eles foram para o recreio. Quando eles voltaram, iniciamos a conversa pelo msn do monitor com a janela aumentada e exibição de câmera. Fazia parecer aula em conferência, mas infelizmente eu não tinha o retorno das crianças, somente o que o monitor escrevia. Isso me fez perder a grandiosidade desse momento, mas fiquei com a escrita e algumas imagens copiadas do computador.
Trataremos esse momento a partir de agora com o nome: conferência. A conferência só iniciou quando todas as crianças estavam em frente ao computador e monitor no teclado, próximo ao computador. Quando iniciei a exibição da câmera, foi impressionante. As crianças ficaram muito agitadas, gritavam como se eu as pudesse ouvir. O monitor ficou me informando que a gritaria foi geral. Recebi uma ligação da diretora do colégio dizendo que essa aula não estava dando certo e que sem a minha presença lá, os alunos estavam fazendo muito bagunça e gritaria no laboratório. Deu vontade de rir, mas respondi com tranqüilidade dizendo que isso fazia parte do processo. Disse-lhe que eles gritavam porque me viam através da câmera e que em breve, quando tivessem acostumados com a câmera, é que eles iriam se acalmar. Ela disse: "Ah, tá certo". Percebi a responsabilidade de desenvolver algo assim em uma sala de aula e sem a minha presença. Mas com o "tá certo", resolvi continuar e enfrentar os desafios dessa trajetória. Eles gritavam e davam tchau para mim e diziam que eu era bonita. Logo, comecei a falar do bate-papo que tiveram com a deputada Fátima Bezerra. Ao perguntar se eles gostaram, e, à medida da nossa conversa, foram se acalmando, se sentando e respondendoàs minhas perguntas. Então, lembrei do compromisso de elaborar uma sugestão de Lei para enviar a deputada. Perguntei quem havia lido o aviso entregue na sexta-feira da semana passada. Todos tinham lido. O aviso relembrava da aula de bate-papo no site do Plenarinho e solicitava que acompanhassem as notícias nos jornais da TV. Alguns tinham assistido os jornais, poucos não. Eles também tinham recebido um projeto de LEI elaborado pelo Zé Plenarinho do site da Câmara dos Deputados. O projeto falava de uma lei, proibindo as crianças de chamarem seus colegas de apelidos com vários parágrafos e até penalidades. Após a leitura do projeto, passamos a refletir juntos sobre um assunto para a nossa sugestão de lei. Solicitei ajuda do monitor para escrever separadamente a sugestão de cada aluno. Ele foi escrevendo e as sugestões foram quase todas divergentes. Ao sugerir a escolha de um assunto somente, o monitor ficou sem dar retorno da conversa entre eles e, de repente, veio a resposta do voto unânime: a violência. Elogiei a escolha e todos ficaram empolgados, segundo o monitor. Na tentativa de fechar ainda mais o campo com certo direcionamento, por fim, saiu o tema: violência nas ruas. Finalizamos a aula, e todos anotaram em suas agendas a tarefa de casa: pesquisar sobre o tema “violência nas ruas” em jornais e revistas da cidade. Isso levou o tempo de duas aulas justo.
Entrou então a 2a. série. Como essa turma acompanha esse projeto de letramento digital desde o ano passado, pareciam ter mais intimidade com todo o processo: aula de bate-papo. Quando entraram no laboratório, logo entraram na sala de bate-papo e a Lívia disse oi para mim. Perguntou como eu estava e fui conversando com ela sem dificuldades. Ela viu a presenças de seus coleguinhas e também falou com eles. Achei engraçado quando ela disse oi para o Daniel e que ele nada respondeu. Ele e o Felipe sempre se retraem quando ficam sozinhos no computador na sala de bate-papo, sempre precisam de alguém os acompanhando. Ela insistiu e pediu que o colega lhe respondesse. Ele novamente nada respondeu e ela retrucou: "Você é surdo, não está vendo eu falar com você?". Percebemos claramente que as crianças não percebem a diferença entre falar pessoalmente e conversar através da escrita, pois ao comentar se ele era surdo, ela não assimilou que está usando a escrita como meio de bate-papo e não a voz como acontece quando fala diretamente aos colegas. De repente, entram outras crianças e ela ficou um pouco perturbada com a presença deles e me perguntou: "Tia Márcia, quem é esse Lindão(nick de alguém da sala de bate-papo)?". Ele não interferiu na nossa conversa, mas preferi retirá-los dali. Fomos então para a aula conferência. Eles reagiram mais pacificamente a exibição da webcam, apesar de demonstrarem também reação positiva a ela dizendo: "Tia Márcia, a senhora está bonita". Fizemos a conferência da mesma forma que foi feita na 1a. série. Somente um deles não havia lido os avisos e o projeto de lei que haviam recebido na semana passada. Relembrei o bate-papo com a Deputada Fátima e o compromisso de enviarmos a sugestão de LEI. Eles demonstraram também animação e foram dizendo os temas que tinha escolhido. Eles escolheram violência também. Esse assunto parece ser mesmo o que mais traz problemas para todos nós. E fomos fechando o campo de abrangência e ficamos com o tema: violencia na escola. Finalizei a aula dizendo que tinha gostado daquele dia e perguntei se eles também haviam gostado. Disseram que tinham adorado. Pedi então que eles anotassem suas agendas e a escrevi na tela para anotassem. E assim terminamos nossa aula. Ao final da manhã, estava realmente cansada, mas satisfeita com o trabalho desse dia.

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